Google tradutor: food ->;voedsel
Quando penso sobre comida na Bélgica me vem sempre um diálogo do Pulp Fiction na cabeça:
Vincent: You know what they put on French fries in Holland instead of ketchup?
Jules: What?
Vincent: Mayonnaise.
Jules: Goddamn.
Vincent: I’ve seen ‘em do it, man. They fuckin’ drown ‘em in that shit.
E eu afirmo: They FUCKIN’ DROWN ‘em in that shit.
Então pensei, um absurdo isso! As batatas fritas são belgas e é aqui que se comem as melhores do mundo! Com maionese também, claro! #guidonãoiasedar
Apesar de muitos a chamarem de french fries, muito ainda se questiona a verdadeira origem da batata frita; a principal discussão está entre Bélgica, França e Espanha… Mas como eu moro na Bélgica, não gosto da França e a Espanha é café com leite, lógico que vou dizer que elas são belgas e quando vou pedir só me refiro a elas como “fries”, ou no bom e velho Dutch: “frietjes”. Já até me arrisquei e pedi no final da noite: “Een grote frieten mit mayonaise, alstublieft!” #geruzapoliglotasucesso
Curiosidade: os belgas falam que colocar ketchup na batata é coisa de criança. Gente grande come com maionese! #querosercriança!
p.s.: Enquanto no RU ficávamos felizes da vida no dia em que tinham as tão gostosas batatinhas, no ALMA (que é o Ru daqui) você escolhe entre purê de batata, arroz ou batata frita. E se você comer tudo pode voltar para pegar mais batata frita! E claro, maionese a vontade! Não tem muita opção, é batata ou batata… Eu já estou a 6 dias, 12 horas e 37 minutos sem comer batata! Sério, sempre que eu tenho a opção de não escolher batata eu fico muito feliz! Auhauhauah
Seguem então os tristes relatos de uma brasileira a procura de um bom churrasco na Europa… #issononecziste!
Quando soube que ia vir morar um ano na Bélgica logo me preocupei: “O que será que eles comem lá?”
(Gordo, só faz gordice né…)
Dei um Google básico e descobri que a comida típica é chamada de Moules Frites, que são os mexilhões com batata frita. Pensei então, menos mal, batata frita… E então pensei melhor, “menos bom”, 100kg a mais depois de um ano.
Logo quando cheguei eu só comia em restaurantes italianos, onde eu conseguia ler o cardápio, ou nos fast foods! As opções eram spaghetti bolognese, lasagna bolognese, hamburguer ou pizza. Hoje eu simplesmente não como! Ahuahuahuahu
No começo até animei a cozinhar e aprendi muita coisa! Mas gasta muito tempo, que hoje eu não tenho devido a minha vasta agenda de esportes! (um post mais para frente será dedicado as modalidades que pratico.)
Arroz, feijão e carne cozida! Já posso casar! ;D
Salmão é mais barato que carne de boi!
Um outro problema no começo eram fazer compras no supermercado, eu demorava no mínimo uma hora e meia a cada vez que ia! As embalagens estão em Dutch e Francês, eu não sabendo nenhuma das duas línguas comprava no instinto! #omeuquasesemprefalhava
Então eu criei meu prato favorito e diário: pão de forma integral, salada pronta Carrefour discount, tomate, cream cheese, queijo gouda e presunto (esse eu ainda não consegui achar nenhum que eu gostasse, mas um dia eu chego lá!)
O pão eu vario e as vezes compro um baguette (o nosso pão-de-sal). Quando enjoo e quero carne (de frango, claro!), eu almoço ou janto as comidas belgas doidas do Alma mesmo #vol-au-ventRules
Quando ficamos com saudade de casa, nós brasileiros nos reunimos e fazemos um jantar brasileiro com direito a arroz e feijão. Até pão de queijo acompanhado de suco de uva já teve! #salvemundoexótico (mercado que vende coisas “exóticas” tipo guaraná antártica! auhauhauah).
Só para deixar registrado, para agradar a ‘blogueira’ #coitada! que vos fala é muito simples. É só me dar pão-de- queijo para comer acompanhado de suco de uva para beber. É a comida que eu mais gosto! #truestory
Mas nem só de histórias tristes eu vivo! Uma delícia belga que eu tive a ousadia de provar em Bruxelas foram os Waffles (‘Wafel’ em Dutch #geruzasucessodenovo)! Eles normalmente são servidos quentes e você pode escolher o que colocar por cima… O foto dá uma noção das escolhas possíveis!
A Bélgica também é conhecida pelos seus chocolates (Godiva, Leônidas…) e pelas suas cervejas (St. Bernardus, Chimay…).
Haja dinheiro! #kassianaovaisedar
As cervejas eu ainda estou provando, ou melhor, degustando e prometo futuros posts sobre elas. Basta os caros leitores saberem que aqui Stella é cerveja de festinha de estudantes porque é a mais barata. Aliás, eu já falei que a Stella surgiu em uma cervejaria em Leuven?
Vou aproveitar o embalo e contar da visita que fizemos a cerveja ‘De Halve Maan’ que fica na cidade de Bruges.
http://www.halvemaan.be/
A tradução do nome da cervejaria seria algo como ‘A meia lua’. Em 1856, o tal do Henri I se tornou proprietário do local e fundou uma cervejaria moderna para a época. Lá eles fabricavam cervejas de modo tradicional: muita fermentação e pouca durabilidade, com cervejas distribuídas em barris somente. Quando o seu filho Henri II herdou a cervejaria ele foi até a Inglaterra durante a revolução industrial e aplicou novas tecnologias. Começou então a fabricar cervejas no “English-style”. Henri III foi até a Alemanha e aprendeu sobre baixa fermentação e decidiu implantar esse tipo de cerveja em Bruges, e lançou a cerveja chamada de ‘Bock’ que foi um sucesso.
A cervejaria começou então a crescer cada vez mais. Com o crescente interesse em cervejas tradicionais e regionais nos anos 80, Véronique, filha de Henri IV, lançou uma nova cerveja especial. Uma cerveja do tipo blond de alta fermentação. A primeira vez que a cerveja foi fabricada foi na inauguração da estátua de Saint-Arnold (padroeiro das cervejarias #espetinhos!) em Bruges. A cerveja fez tanto sucesso que o prefeito pediu para a cerveja ser servida na recepção da prefeitura. Como a cerveja era mais forte que as outras eles a chamaram de ‘Straffe Hendrik’ (Forte Henri). A cervejaria ainda pertence a família Maes e recebe muitos turistas para visitar o museu.
Em 2005, Xavier Vanneste, filho da Véronique, renovou e modernizou as instalações da cervejaria. Ele lançou uma nova cerveja com o nome de ‘Brugse Zot’.
A cor da cerveja é dada pela cor do grão.
Segundo o nosso guia, pra quem não gosta de cerveja, pelo menos a vista é bonita! Não é o meu caso…
A passeio guiado ao museu durou cerca de 45 minutos. No final ganhamos uma degustação da ‘Brugse Zot’ no Pub que fica na cervejaria mesmo.
A cervejaria hoje fabrica 4 tipos de cerveja. A Brugse Zot, a Straffe Hendrik Tripel, a Straffe Hendrik Quadrupel e sazonalmente a Brugse Bok.
Fomos em uma época em que a Brugse Bok estava sendo fabricada, então como ela é mais rara comprei duas no final da visita, uma pra experimentar e outra para guardar. E assim minha coleção aumenta…
Haha
Sempre me divirto lendo seu blog
“Mas como eu moro na Bélgica, não gosto da França e a Espanha é café com leite…”
Geeeee! Adorei o post! muitas saudades amiga!
Geruza também é cultura, lol
Mto legal Geruza!!!! To me divertindo com suas estripulias!!! Rsrarsrsrss
QUANDO VAI COMEÇAR AS AULAS ???